28/03/2012

"Filhos da revolução"


Oh caro leitor, quando e como começar a ver o passado com colírio nos olhos? O tempo passou e todas as vezes que nos deparamos com o passado, vemos uma história muito diferente da atual. Mas, eu não me refiro aquela história impressa em um livro didático, me refiro aquela vivida, sofrida na pele! Então eu respondo, já é tarde para visualizarmos as verdades de épocas passadas, mas sempre há o tardar adiantado para a história. Um acontecimento que esclarece muito bem as minhas palavras: a Ditadura militar, 1964. Oh época, oh terrível repressão, terrível CENSURA! As críticas rolavam, o mundo tinha que ouvir: "É proibido proibir", como cantava Caetano Veloso. E tudo tocava em uma tremida melodia...O som da verdade sangrava o ouvido daqueles que obtinham a força! Mas, ainda assim, as músicas rolavam! Sim caro leitor, censura alguma tirava esse direito! MÚSICAS CRÍTICAS, DE OLHOS SOFRIDOS. Essas nos dizem muito, alcançam a representação da realidade rígida em palavras cantadas! Não é incrível? 
Mente brilhante no meio de muitas que aturavam concreta inquietação de ordens. Mas, as coisa mudam! Não só a época, mas sim uma geração que junto à ela, novas estilos surgem. Os jovens em pleno século XXI estão cômodos sem manifestar problemas que envolve a sociedade! As músicas na maioria das vezes vazias, sem valores sociais para uma cidadania. O jovem perdeu o gosto de expor sua opinião, deixou de dizer para determinados assuntos o "sim" ou "não". A ordem agora é deixar desejo, o fundo de conteúdo, os "tchun tcha" repetitivos dos funks, o drama do amor, o "puts puts" das baladas... Só ausenta o importante, o passado refletido na atualidade! Os problemas de hoje deixados de lado.. Fomos "filhos da revolução" e a idade agora já nos pesa para reagir, mesmo dizendo à respeito dos jovens! 

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